O que a sociedade se acostumou a chamar de "normal" : Voce cresce, conhece um amor para a vida toda, casa, fica gràvida do primeiro filho, parto normal, decide pelo segundo ,mais um parto normal e se vier o terceiro, fecha "as trompas" e vive feliz para sempre.
A tal "familia margarina".
Um dia comum na casa de uma mae comum: Voce acorda, OLHA para o relògio, 7.00h, precisa LEVANTAR e LEVAR o mais velho para a escola. Enquanto TROCA a fralda da mais nova, pensa no que FAZER para o almoço. Retorna para a casa e PASSA aquele resto de roupa do cesto de roupas à passar. Se voce TRABALHA FORA, corre até o serviço enfrentando transito ou um metro lotado.Fim do dia vai MALHAR na academia, afinal, precisa ficar BONITA para o marido continuar te admirando. Na hora da boa noite se INCLINA na caminha dos filhos para DAR BEIJINHO de boa noite e,finalmente vai curtir uma NOVELINHA em santa paz.
No dia a dia tudo parece fluir no corre corre e sempre nos sentimos exaustas com nossas tarefas. Claro que agradecemos pela nossa saude , nossa vida e nossas bençaos. Mas claro também que deixamos de lembrar quantas vidas especiais tem no mundo afora. Quanta dificuldade pode encontrar uma mulher CEGA com o desejo de viver a maternidade através de uma adoçao negada. Quanta tristeza uma mae deficiente sente em nao poder abraçar o pròprio filho porque seus braços nao obedecem aos comandos do cèrebro. Quanta injustiça sofre uma mae que sofreu horrores no trabalho de parto e teve consequencias cerebrais e foi proibida PELO PROPRIO MARIDO(ex agora, naturalmente), de VER seus filhos para nao TRAUMATIZA.LOS!!!
O que me impulsionou a escrever esse post foi uma història pròxima a mim e, graças a Deus, com final feliz.
Uma amiga que de um momento a outro, de um dia a outro, teve uma crise epilética(NUNCA passou por isso nem tem històrico familiar de epilepsia) apòs 40 dias do nascimento de sua filha, foi para no hospital e descobriu-se uma veia estourada no cérebro(nao sei dizer em nome cientifico o que ela teve).Dizem alguns que foi stress pòs parto, falta de dormir, cansaço em cuidar sozinha da nene... Com a graça de Deus apòs curas médicas ela retornou a casa e reviu sua menina mas, claro, nao poderà por algum tempo cuidar sozinha de sua filha. Esperamos que tudo retorne como antes o mais breve possivel, foi um susto, serviu para mostrar como nosso corpo é uma maquina , como devemos realmente dar atençao à nossa saude, cuidar de nòs.
Gostaria de sensibilizar a todos sobre essas guerreiras, essas SUPER MULHERES , que lutam , que vao ao fundo e depois chegam ao topo, que estao fazendo a diferença para mudar a justiça da sociedade que muito lentamente, a passo de lesma tem se modificado e dado ouvidos aos apelos, às demonstraçoes do "eu posso", vamos unir as forças e ajudà-las nesse processo, nem que seja através de palavras de apoio, de suporte nessa longa caminhada, para que daqui um tempo as coisas sejam mais simples e justas.
Ps. Na primeira parte do texto, todas as palavras que coloquei em MAIUSCULA foram para mostrar as coisas rotineiras que fazemos e as vezes reclamamos mas que ,para uma mae deficiente é muitas vezes impossivel de ser realizada!
Link para a història da americana que sofreu a injustiça por 4 anos de nao ver seus trigemeos para nao "traumatiza.los": http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI222311-17729,00.html
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